Compreender o amor é para mais tarde, compreender o amor raia o sentido prático, compreender o amor é para quando o coração arrefece. O amante extasiado, não quer compreender o amor, quer experimentá-lo, sentir a intensidade e o olhar sobre as coisas, o acelerar da vida, o egocentrismo totalmente justificado, o desaforo lúbrico, a prosa alegre, a serenidade calma, o anseio ardente, a certeza, a simplicidade, a complexidade, a verdade, a verdade, a verdade do amor.
Quando somos novos não temos dívidas nem deveres para com o futuro; mas, quando somos velhos, temos dívidas e deveres para com o passado. Para com aquilo que não podemos alterar.
Todos têm a sua história de amor. Todos. A história pode ter fracassado, pode nunca ter progredido, pode ter sido apenas fruto da imaginação, mas isso não a torna menos real.
Teresa Veiga, de quem se desconhece a identidade, escreveu meia dúzia de livros ao longo de 30 anos de vida literária, mas é reconhecida como uma grande contista portuguesa. O Último Amante inclui : A minha vida com Bela, Antes da revolução e A canção do lagarto negro.
«Teresa Veiga é um dos nomes mais importantes da nossa ficção actual. É, provavelmente, a nossa melhor contista, e os seus textos mostram como consegue romper as categorias estabelecidas dos modelos ficcionais. A sua escrita está no cruzamento perfeito entre as exigências do leitor geral de ficção e o leitor mais sofisticado.» Pedro Mexia
E Florbela? Florbela , de certo modo, é um caso à parte, uma criança orgulhosa e rebelde que desprezava o mundo mas precisava dele para se sentir enaltecida, acarinhada, compreendida, e sofrer a sua ingratidão.
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