Sinopse - "Conto publicado no final do século XIX, retrata a história semiautobiográfica de uma jovem mulher deprimida, recentemente mãe. O marido, John, médico, demonstra grande incapacidade para entender o que se passa com ela... Com esperança de a ajudar, John muda-se temporariamente com a mulher para uma outra casa, bonita, campestre, onde a tentará recuperar com ar puro e repouso, muito repouso, demasiado repouso... A mulher, sentindo-se presa, sem opções para a sua imaginação e criatividade, vai ficando cada vez mais longe da cura, cada vez mais perto da loucura."
Um tema que poderia ter originado um romance excecional, dá origem a uma narrativa, demasiado breve, demasiado simplista, sem qualquer intensidade, que pouco acrescenta à sinopse da contracapa.
"Este amor será
real ou um sonho apenas?
Como hei-de sabê-lo
se a realidade e o sonho
existem sem existir? "
Komachi( 834- ?)
"Nos montes vazios
sem nada a oferecer,
domina o Outono"
Shiba Sonome (1664-1726)
"Toda a solidão
está dentro de quem ouve-
um cuco a chamar."
Chiyojo( 1703-1775)
"Em dias de solidão
nem sequer um cuco chama
por esta viajante."
Tagami Kikusha( 1753-1826)
"Cheirando a suor,
aquele povo sem voz-
vou juntar-me a eles."
Takeshita Shizunojo ( 1887-1951)
"Entre uma pessoa e outra não há qualquer ponte."
"O mar agitado
e o carrinho do bebé,
lado a lado no Verão."
Hashimoto Takako( 1899- 1963)
"Folhas a cair,
folhas e folhas caindo
também na minha cama."
Mitsuhashi Takajo( 1899 -1972)
O haiku começou com Bashô e acabou com Hideno.
"Este bebé nu
é tudo o que me foi dado
e por isso rezo."
Ishibaashi Hideno( 1909-1947)
"Dia de primavera-
um vento que vem do mar
sem que o mar se veja."
Katsura Nobuko( 1914-2016)
"Flor de cerejeira-
cada sítio onde se pára,
é só flores e flores."
Yoshino Yoshiko( 1915 -2011)
"Perder-me no caminho
já faz parte da viagem-
contempla as papoilas."
Inahata Teiko( 1931 - 2020)
"Sinto-me tão só
enquanto escrevo o meu bome -
quente madrugada."
Uda Kiyojo(1935 )
"Alguém que ama outro,
com aquele que não ama
a beber cerveja."
Kuroda Momoko( 1938 - 2023)
"Na teia de aranha
nada fica preso à noite-
brilha a lua cheia."
Katayama Yumiko( 1952)
"Apanhamos plantas
depois de termos chegado
num Porsche vermelho."
Mayuzumi Madoka(1962)
"Floresce a cerejeira / só para ensinar ao mundo /seu breve florir? " - Den Sutejo( 1633- 1698)
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