No dia 25 de fevereiro de 1819, morre o padre Francisco Manuel do Nascimento, que conviveu com a futura marquesa de Alorna, a quem ensinou latim quando se encontrava reclusa no Convento de Chelas, tendo recebido dela o nome arcádico de Filinto Elísio. Uma denúncia feita à Inquisição obrigou-o a refugiar-se em França, em 1778, devido às suas ideias enciclopedistas e liberais. Admirador de Horácio, defensor dos ideais iluministas e enciclopedistas, e das revoluções francesa e americana, a permanência em França marcou a sua obra. Nesta lamenta o obscurantismo português, evoca a gastronomia e os costumes pátrios, retrata as dificuldades e a tristeza crescentes da sua doença e da sua velhice, sendo um defensor enérgico do purismo da língua.
Não é neccessário vivermos ao lado de alguém para nos sentirmos ligados a esse alguém mais do que a qualquer outra pessoa...
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
O purismo da língua...
Existir é tão completamente fora do comum que se a consciência de existir demorasse mais de alguns segundos, nós enlouqueceríamos. A solução para esse absurdo que se chama 'eu existo', a solução é amar um outro ser que, este, nós compreendemos que exista..
Num tempo em que tantos, mesmo os que se consideram esclarecidos e habilitados, usam palavras tão pobres e tão feias, apetece dizer...
“ Vários estudos mostram a diminuição do conhecimento lexical e o empobrecimento da linguagem. (...) Menos palavras e menos verbos conjugados significam menos capacidade de expressar emoções e menos capacidade de processar um pensamento. Estudos têm mostrado que parte da violência nas esferas pública e privada decorre diretamente da incapacidade de descrever as emoções em palavras. Sem palavras para construir um argumento, o pensamento complexo torna-se impossível.(...)Quanto mais pobre a linguagem, mais o pensamento desaparece.(...)
Não há beleza sem o pensamento da beleza."
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