delícias do seu dono, em desespero ardia.
A um denso faial, de vértices sombrios,
vinha assíduo; aí, só, às selvas e montes
lançava, num esforço inane, estes delírios:
Não escutas, cruel Aléxis, os meus cantos:
Nem tens pena de mim? forças-me a morrer.
(...)
“Córidon, que demência se apossou de ti, Córidon?
Manténs a vide mal podada em olmo alto.
Porque não te propões a fazer algo útil,
trançando com o vime e o junco maleável?
Se este te repele, acharás outro Aléxis”.
peço-vos perdão... não por vos deixar, mas por ter ficado tanto tempo.
O passado, por pouco que nele pensemos, é coisa infinitamente mais estável do que o presente
só nos vemos a nossa vida
Sempre tivera medo, um medo indeterminado, incessante...
Toda a felicidade é inocência...
A primeira consequência das tendências interditas é fecharmo-nos em nós mesmos
Eu não era feliz. Claro que sentia uma certa decepção com esta falta de felicidade, mas acabei por resignar-me.
Pensava nele , como se ele fosse filho de outro
Ser judeu é simplesmente ter memória. Uma má memória.
O que é ser árabe?
Para toda a gente sou o árabe da esquina.
Árabe significa ter a mercearia aberta à noite e ao domingo
A década de 1980 na República da Irlanda foi um tempo de crise. Os governos de Charles Haughey e Garret FitzGerald agravaram a situação com empréstimos e impostos elevados. Depois de aderir ao ERM - Mecanismo Europeu de Taxas de Câmbio em 1979, a Irlanda também foi confrontada , durante grande parte da década de 1980, com uma moeda sobrevalorizada. Grande parte do capital emprestado, na década de 1980, foi destinado a sustentar esta moeda sobrevalorizada. O investimento estrangeiro, sob a forma de capital de risco, foi desencorajado. Esta foi também uma fase de instabilidade política e de extrema corrupção política, com alternância entre o Fianna Fáil e o Fine Gael, com alguns governos que nem sequer duraram um ano e, num caso, três eleições em dezoito meses. O
Sem reflexões filosóficas, a narrativa flui , marcada por acontecimentos que, eles sim, desencadeiam , inevitavelmente, a reflexão do leitor. Nunca o narrador nos impões a sua perspetiva, pois prefere deixar que a ação e as personagens se encarregam de mostar a realidade. Julgar? Julgue quem lê...
“Numa impossível manhã de Inverno, numa estação muito conhecida, um homem que não conheço-” Quando? Onde? Quem? É neste ambiente de indefinição e mistério que todos os contos se desenrolam… Uma combinação perfeita do real com o fantástico e reflexões filosóficas sobre a condição humana. E se o tempo parasse? Como seria o encontro com um “eu” passado? Morrer pode ser uma forma de viver? Já imaginou ser apenas o sonho de alguém? Quem sou eu? São alguma das perguntas... Será que encontramos as respostas?
E se o tempo parasse? Alguém desejaria ficar aprisionado daquele instante?
"À semelhança de Poe, que foi sem dúvida um dos seus mestres, Giovanni Papini não pretende que os seus contos fantásticos pareçam reais." - Prefácio
Nós precisaremos da ilusão do futuro, para viver na realidade do presente de hoje e do de amanhã?
Um homem encontra o seu Eu do passado. Do convívio nasce a certeza do quão odiosos fomos, somos e seremos. Sem outra alternativa, matamo-nos.
Viver é sonhar com o futuro e assassinar o passado.
Um “evento” culmina no esperado. Uma vida que não merece ser escrita, não merece ser vivida.
Uma ode à morte: uma forma diferente de viver morrendo.
E se eu fosse apenas um sonho de alguém? A vida é um sonho? Uma alucinação?
Ninguém se lembra de o ter conhecido… Ele acaba por fazer a questão que outros lhe têm colocado a ele mesmo, e compreende que ele nunca se conheceu a ele mesmo na vida, não na sua abstração, pelo menos. O mundo volta a lembrar-se dele, mas ele já não faz parte desse mundo.
Um escritor procura o “homem comum”, aquele que não teve nenhum evento digno de registo na sua vida, mas que, ainda assim, tem uma história que poderia dar um romance – como a de toda a gente,
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