Não é neccessário vivermos ao lado de alguém para nos sentirmos ligados a esse alguém mais do que a qualquer outra pessoa...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Perigos, perdições...proibições...

Aviso - Se não achar este conto nada de especial, ou achar até divertido e, de alguma forma, engraçado, vá buscar ajuda psiquiátrica, ou comece a escrever.

O maior perigo é cuidar que se ganha em se perder...Se ao menos eu por fora fosse tão Interessante como sou por dentro! Vou no Maelstrom, cada vez mais prò centro. Não fazer nada é a minha perdição.

Erros meus, má Fortuna, Amor ardente Em minha perdição se conjuraram; Os erros e a Fortuna sobejaram, Que para mim bastava Amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente A grande dor das cousas que passaram, Que já as frequências suas me ensinaram A desejos deixar de ser contente.


Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela.
Que é tão bela,
Oh pescador?


Não vês que a última estrela
No céu nublado se vela?
Colhe a vela,
Oh pescador!
Deita o lanço com cautela,
Que a sereia canta bela...
Mas cautela,
Oh pescador!
Não se enrede a rede nela,
Que perdido é remo e vela
Só de vê-la,
Oh pescador.

Pescador da barca bela,
Inda é tempo, foge dela
Foge dela
Oh pescador
!

In spite of all the heartache That you may cause me I'll do anything for you Anything you want me to If you'll be true to me...



Não fiz da minha dor um poema, fiz dela, porém, um cortejo. E da janela para mim contemplo, espantado, os [...] os crepúsculos vagos de dores sem razão, onde passam, nos cerimoniais do meu descaminho, os perigos, os fardos, os falhanços da minha incompetência de existir. A criança, que nada matou em mim, assiste ainda, de febre e fitas, ao circo que me dou. Ri dos palhaços, sem haver cá fora do circo; põe nos habilidosos e nos acrobatas olhos de quem vê ali toda a vida. E assim, sem alegria, sem contacto, entre as quatro paredes do meu quarto durmo, por [...] Caminho, não pelas ruas, mas através da minha dor. As casas alinhadas são os incompreendedores que me cercam na alma. Os meus passos soam no passeio como um dobre ridículo a finados, um ruído de espanto na noite final como um recibo ou uma janela. Separo-me de mim e vejo que sou um fundo dum poço. Morreu quem eu nunca fui. [...] Se eu fosse músico escreveria a minha marcha fúnebre, e com que razão a escreveria!

Não sem lei, mas segundo leis diversas Entre os homens reparte o fado e os deuses Sem justiça ou injustiça Prazeres, dores, gozos e perigos.


I can’t explain The slowing of my brain The underlying vein That flows right into you...La la la la La la la la...

Para sentir a delícia e o terror da velocidade não preciso de automóveis velozes nem de comboios expressos. Basta-me um carro eléctrico e a espantosa faculdade de abstracção que tenho e cultivo. Num carro eléctrico em marcha eu sei, por uma atitude constante e instantânea de análise, separar a ideia de carro da ideia de velocidade, separá-las de todo, até serem coisas-reais diversas. Depois, posso sentir-me seguindo não dentro do carro mas dentro da mera-velocidade dele. E, cansado, se acaso quero o delírio da velocidade enorme, posso transportar a ideia para o Puro imitar da velocidade e a meu bom prazer aumentá-la ou diminuí-la, alargá-la para além de todas as velocidades possíveis de veículos comboios. Correr riscos reais, além de me apavorar não é por medo que eu sinta excessivamente — perturba-me a perfeita atenção às minhas sensações, o que me incomoda e me despersonaliza. Nunca vou para onde há risco. Tenho medo ao tédio dos perigos. Um poente é um fenómeno intelectual.

Enfim, depois de tanto erro passado Tantas retaliações, tanto perigo Eis que ressurge noutro o velho amigo Nunca perdido, sempre reencontrado. É bom sentá-lo novamente ao lado Com olhos que contêm o olhar antigo Sempre comigo um pouco atribulado E como sempre singular comigo. Um bicho igual a mim, simples e humano Sabendo se mover e comover E a disfarçar com o meu próprio engano.O amigo: um ser que a vida não explica Que só se vai ao ver outro nascer E o espelho de minha alma multiplica...

A escrita celiniana atinge, neste equilíbrio entre o delírio fantasmático e o real, a sua máxima perfeição…. A perfeição é um castelo perigoso...


Tenho a demência da dignidade: por amor da minha dignidade me perdi...

Simão, estendido no chão com o ferimento da bala aberto, chorava baixinho. O quarto estava desarrumado. Entornou a tinta, rasgou papéis e tinha o lábio cortado. A mancha de sangue que aumentava no seu ombro mostrava o quanto o pobre rapaz, que pouco conhecia do amor a não ser das quiméricas cartas que a menina lhe mandava, desejava sair do corpo. Morrer ali, esvaindo-se, sentindo a vida escorrer-lhe, seria a saída perfeita do mundo que o derrotara.

Ninguém sente em si o peso do amor que se inspira e não comparte. Nas máximas aflições, nas derradeiras do coração e da vida, é grato sentir-se amado quem já não pode achar no amor diversão das penas, nem soldar o último fio que se está partindo. Orgulho ou insaciabilidade do coração humano, seja o que for, no amor que nos dão é que nós graduamos o que valemos em nossa consciência.

Não é sensato deixar um dragão fora dos teus cálculos se vives perto dele.


22 de Agosto de 1944:Foram necessários cinco anos de luta obstinada e silenciosa para que um jornal, nascido do espírito de resistência débil e ininterrupto, no meio de todos os perigos da clandestinidade, pudesse finalmente circular às claras, numa Paris liberta de sua vergonha. Não se pode escrever isso sem emoção. Esta alegria confusa que começamos a ler nos rostos dos parisienses é também a nossa. Mas a tarefa dos homens da resistência não terminou. Houve o tempo da provação, e estamos vislumbrando o seu fim. É fácil para nós acolher um tempo de alegria. Nos nossos corações ela toma o lugar que a esperança ocupou durante cinco anos. A ela também seremos fiéis...


É proibido proibir..

Tenho que escolher o que detesto — ou o sonho, que a minha inteligência odeia, ou a ação, que a minha sensibilidade repugna; ou a ação, para que não nasci, ou o sonho, para que ninguém nasceu. Resulta que, como detesto ambos, não escolho nenhum; mas, como hei-de, em certa ocasião, ou sonhar ou agir, misturo uma coisa com outra.


Porque é que este sonho absurdo
a que chamam realidade
não me obedece como os outros
que trago na cabeça?

Eis a grande raiva!
Misturem-na com rosas
e chamem-lhe vida.



Panfleto mágico em forma de romance...

Era uma vez um rapaz chamado João que vivia em Chora -Que -Logo -Bebes, exígua aldeia aninhada perto do Muro construído em redor da Floresta Branca onde os homens, perdidos dos enigmas da infância, haviam estalado uma espécie de Parque de Reserva de Entes Fantásticos.

– Bem sei que podem perseguir -me, arrancar -me os olhos, torcer -me as orelhas, transformar -me em lagarto, em morcego, em aranha, em lacrau! Mas juro que não hei -de ser infeliz PORQUE NÃO QUERO. E João Sem Medo continuou a subir o caminho árduo, resoluto na sua pertinácia de ocultar o medo – a única valentia verdadeira dos homens verdadeiros.

― Eh! Fada dos bosques! Aparece, rica fada da minh’alma.
Então ― ó pasmo dos pasmos! ― João Sem Medo viu sair da espessura da floresta um ser prodigioso que de longe parecia uma mulher jovem e bela, cabelo loiro até à cintura, três estrelas de prata na testa, varinha na mão direita, roca na mão esquerda, túnica bordada de rubis e esmeraldas, chapinsdellatina e tudo o mais que as fadas costumam usar nos bailes de Entrudo.
No primeiro momento contemplou-a, deslumbrado. Mas, à medida que a observava mais de perto, o sorriso inicial desfez-se pouco a pouco em caretas de desconfiança.
― És a Fada dos Dois Caminhos? – inquiriu, duvidoso. ― Palavra? Mostra cá o bilhete de identidade.
― Não acreditas? – protestou, para desviar a conversa, a hipotética fada com voz aflautada, voz de máscara aos guinchos. ― Sim, sou a Fada Infalível, a Fada Lugar-Comum…
― Acredito, acredito… – concordou o rapaz por zombaria complacente.
E insistiu em examiná-la, com manifesta vontade de rir. E com razão. Pois a pseudo fada parecia… Parecia, não. Era… Era mesmo um homem vestido de mulher, como se deduzia no desarrumo da cabeleira postiça à banda, no negror evidente da barba mal disfarçada por várias camadas de pó-de-arroz, além da maneira canhestra e hirta de andar e da falta daqueles mil e um ademanes femininos tão difíceis de imitar pelos homens. O jeito de pentear os cabelos com os dedos, por exemplo.
Embora não desejasse humilhá-lo, João Sem Medo não evitou um incondescendente riso de chacota.
― Que queres, filho? – explicou a fada falsificada, vexadíssima, a tropeçar na túnica. ― Quando telefonaram para a Repartição da 3ª Mágica a requisitar uma funcionária, só me encontrava lá eu, que sou contínuo, e uma fada já muito velhinha, muito perra, entrevada de reumatismo e com mais de 50 000 anos de serviço activo, quase na idade da reforma por inteiro, coitadinha! E então, por uma questão de prestígio, ofereci-me para esta fantochada. Nem quero pensar no que diria o Mago-Mor se não mandássemos uma fada válida para os Dois Caminhos. Pregava-nos uma descompostura tremenda. Foi por isso que me mascarei e vim… Não julgues, porém, que não percebo de artes mágicas!


Keith debruçou-se sobre o lavatório do seu gabinete ou estúdio ao fundo do jardim, para tratar a ferida que tinha nas costas da mão. Essa ferida fora contraída no início de Março, quando os seus nós dos dedos haviam entrado em contacto não enfático com uma parede de tijolos. A ferida ia agora na sua terceira crosta, mas ele continuava a tratar dela, a afagá-la, a soprá-la, a acarinhá-la — à sua pobre mão. Estes pequenos aleijões eram como pequenos animais de estimação ou vasos de plantas que abruptamente ficassem a nosso cargo, que tivessem de ser alimentados, passeados ou regados.
Quando se passa o meio século, a carne, a cobertura da pessoa, começa a atenuar-se. E o mundo está cheio de lâminas e de espinhos. Durante um ano ou dois as nossas mãos andam tão arranhadas e esfoladas como os joelhos de um menino. Depois aprendemos a proteger-nos. Isto é o que vamos continuar a fazer até que, perto do fim, já nem fazemos mais nada — só nos protegemos. E enquanto aprendemos a fazer isso, uma chave numa porta é como um prego numa porta, e a tampa da caixa do correio é como um cutelo, e até o próprio ar está cheio de espinhos e de lâminas.


Silvia cursara Sexo (no sentido de Género) na Universidade de Bristol. E era agora uma daquelas «crianças» jornalistas que, aos vinte e três anos, já escrevia uma muito discutida coluna semanal num dos grandes jornais. Leith conhecera-a quando ela tinha catorze -em 1994, quando ele vendera o seu grande duplex em Notting Hill e se mudara para a casa por cima do Health. Silvia tinha herdado a aparência da sua mãe, mas nenhuma da insana alegria desta; era um daqueles espíritos tórpidos que causavam riso a toda a gente menos a si mesma.
"Portanto, contrariamente ao teu melhor juízo", disse ela torpidamente, "dás por ti a passar a noite com um jovem. E são todos iguais. Não interessa quem. Um replicante com fato de quem trabalha na City. Um mal-cheiroso qualquer com uma camisola do Arsenal. E, na manhã seguinte, por hábito, tu dizes-lhe, sabes como é, quando puderes telefona-me. E ele fica a olhar para ti. Como se fosses uma leprosa que o tivesse acabado de pedir em casamento. Porque telefona-me é chantagem emocional, compreendes. E o compromisso não é permitido. Os rapazes ganharam. Outra vez.


É proibido proibir...

A renúncia é a libertação. Não querer é poder.Transeuntes eternos por nós mesmos, não há paisagem senão o que somos. Nada possuímos, porque nem a nós possuímos. Nada temos porque nada somos. Que mãos estenderei para que universo? O universo não é meu: sou eu.

As nossas vidas são cheias de absurdos e de abdicações. Não temos ousadia em nada. Quando julgamos ousar, é que temos febre. Ousamos febrilmente, com demasiada noção do risco e demasiada embriaguez do perigo. Somos incompletos e infecundos. Nascemos escravos. O nosso humanitarismo é uma grilheta que nos pusemos. Não sabemos mandar. Não sabemos sentir, não sabemos sequer ver. Há mais de vinte séculos que seguimos um caminho errado, e nem esse seguimos persistentemente.

Com o sobretudo abotoado até ao queixo Embiocado afastado No lugar mais escuro do café escrevia O múltiplo poema o canto inumerável Arrancado ao desejo à paixão à memória Às lucidíssimas fúrias da renúncia...

Dejar de leer es la muerte instantánea. Sería como vivir en un mundo sin oxígeno.

Sempre, sempre, no lapso indeciso e constante /Do tempo sem fim/ O mesmo momento voltando improfícuo e distante / Do que quero em mim!

Começo a conhecer-me. Não existo./ Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram,/ou metade desse intervalo, porque também há vida .../ Sou isso, enfim .../Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor. / Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo./ É um universo barato.
O meu isolamento não é uma busca de felicidade, que não tenho alma para conseguir; nem de tranquilidade, que ninguém obtém senão quando nunca a perder, mas de sono, de apagamento, de renúncia pequena.

Quisera saber como és feito por dentro ... Como é a tua vontade por dentro, que coisas há naquela parte do teu sentir que tu não medes que sentes...
Junta as mãos, põe-as entre as minhas e escuta-me, ó meu amor.
Eu quero, falando numa voz suave e embaladora, como a dum confessor que aconselha, dizer-te o quanto a ânsia de atingir fica aquém do que atingimos. Quero rezar contigo, a minha voz com a tua atenção, a litania da desesperança. Não há obra de artista que não pudesse ter sido mais perfeita. Lido verso por verso, o maior poema poucos versos teria que não pudessem ser melhores, poucos episódios que não pudessem ser mais intensos, e nunca o seu conjunto é tão perfeito que o não pudesse ser muitíssimo mais.(...) E para que exprimir? O pouco que se diz melhor fora ficar não dito. Porque tu não amas o que eu digo com os ouvidos com que eu me ouço dizê-lo. Eu próprio se me ouço falar alto, os ouvidos com que me ouço falar alto não me escutam do mesmo modo que o ouvido íntimo com que me ouço pensar palavras. Se eu me erro, ouvindo-me, e tenho que perguntar tantas vezes, a mim próprio, o que quis dizer, os outros quanto me não entenderão! De quão complexas ininteligências não é feita a compreensão dos outros de nós. A delícia de se ver compreendido, não a pode ter quem se quer não compreendido, porque só aos complexos e incompreendidos isso acontece; e os outros, os simples, aqueles que os outros podem compreender — esses nunca têm o desejo de serem compreendidos


Olho para ti, dentro de mim, e já nos desavimos antes de existires. O meu hábito de sonhar claro dá-me uma noção justa da realidade. Quem sonha demais precisa de dar realidade ao sonho. Quem dá realidade ao sonho tem que dar ao sonho o equilíbrio da realidade. Quem dá ao sonho o equilíbrio da realidade, sofre da realidade de sonhar tanto como da realidade da vida (e do irreal do sonho com o de sentir a vida irreal). Estou-te esperando, em devaneio, no nosso quarto com duas portas, e sonho-te vindo e no meu sonho entras até mim pela porta da direita; se, quando entras, entras pela porta da esquerda, há já uma diferença entre ti e o meu sonho. Toda a tragédia humana está neste pequeno exemplo de como aqueles com quem pensamos nunca são aqueles em quem pensamos...

Rezo a ti o meu amor porque o meu amor é já uma oração; mas nem te concebo como amada nem te ergo ante mim como santa. Que os teus actos sejam a estátua da renúncia, os teus gestos o pedestal da indiferença, as tuas palavras os vitrais da negação.



E na mesa do meu quarto sou menos reles, empregado e anónimo, escrevo palavras como a salvação da alma e douro-me do poente impossível de montes altos vastos e longínquos da […] estranha recebida por anel de renúncia em meu dedo evangélico, jóia parada do meu desdém estático...
A intervisão das coisas atingíveis, E o renunciá-las, como um lindo modo Das mãos que a palidez torna impassíveis.
Vivo de impressões que me não pertencem, perdulário de renúncias, outro no modo como sou eu.

O mundo, no qual nascemos — meio de renúncia e de violência —, da renúncia dos superiores e da violência dos inferiores, que é a sua vitória. Nenhuma qualidade superior pode afirmar-se modernamente, tanto na acção, como no pensamento, na esfera política, como na especulativa.

Nada de desafios à plebe, nada de girândolas para o riso ou a raiva dos inferiores. A superioridade não se mascara de palhaço; é de renúncia e de silêncio que se veste.

Não será melhor Não fazer nada? Deixar tudo ir de escantilhão pela vida abaixo Para um naufrágio sem água?

Não será melhor Colher coisa nenhuma Nas roseiras sonhadas, E jazerei quieto, a pensar no exílio dos outros, Nas primaveras por haver?

Não será melhor Renunciar, como um rebentar de bexigas populares Na atmosfera das feiras, A tudo Sim, a tudo, Absolutamente a tudo?

Uma tristeza de crepúsculo, feita de cansaços e de renúncias falsas, um tédio de sentir qualquer coisa, uma dor como de um soluço parado ou de uma verdade obtida. Desenrola-se-me na alma desatenta esta paisagem de abdicações - áleas de gestos abandonados, canteiros altos de sonhos nem sequer bem sonhados, inconsequências, como muros de buxo dividindo caminhos vazios, suposições, como velhos tanques sem repuxo vivo, tudo se emaranha e se visualiza pobre no desalinho triste das minhas sensações confusas.

A renúncia é a libertação. Não querer é poder.

Este é o tempo Da selva mais obscura / Até o ar azul se tornou grades E a luz do sol se tornou impura / Esta é a noite Densa de chacais Pesada de amargura // Este é o tempo em que os homens renunciam.


I'm so tired, I haven't slept a wink I'm so tired, my mind is on the blink I wonder should I get up and fix myself a drink No,no,no. I'm so tired I don't know what to do I'm so tired my mind is set on you I wonder should I call you but I know what you'd do...


Tenho medo, não da morte, mas da doença, do sofrimento, da dor... Não quero ser tratado, não quero que me prolonguem a vida por mais um, dois anos. Viver já é difícil, viver a prazo é impossível. Quanto mais rápido se acabar com a comiseraçãozinha de familiares, amigos e falsos amigos, melhor. É proibido proibir...

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