Leituras...
Este palavrário é o que fica do que nunca serei...
segunda-feira, 28 de outubro de 2024
Um título enganador?
segunda-feira, 14 de outubro de 2024
ReleituraS
domingo, 22 de setembro de 2024
PrimaveraS...
Na primeira parte, a narradora, Natsuko, que tenta ser escritora, recebe na sua casa de Tóquio a irmã, Makiko, e a filha desta, Midoriko. Makiko trabalha num bar em Osaka, onde todas viviam inicialmente. Midoriko está zangada com a mãe e não lhe fala e responde às suas perguntas escrevendo num caderno. As duas irmãs veem televisão e bebem cerveja até cair para o lado. Makiko está obcecada com a ideia de operar os seios. As duas irmãs viveram com a mãe e com a avó, que já faleceram. O pai era um preguiçoso e alcoólico, que abandonou o lar.
… um homem nunca pode perceber o que realmente
importa para uma mulher, nunca. Quando se diz este tipo de coisas, as pessoas
dizem logo que somos tacanhas ou que nunca conhecemos o verdadeiro amor ou
qualquer coisa desse género. Dizem que não se podem enfiar todos os homens no
mesmo saco assim, mas, infelizmente, é a verdade. Nenhum homem alguma vez
compreenderá as coisas que são realmente importantes para uma mulher.
No primeiro dia de outono, pela mão de Kawabata, estou a sentir a primavera no coração...
Midoriko Tinha um apetite saudável, ia à escola e falava normalmente com os amigos e os professores. Só não falava com a mãe. Parecia não haver mais nada fora do normal. Apenas se recusava a falar em casa. De propósito."Kyoto é um grande livro, quer pela forma como aborda a história de Chieko, quer pela paz com que nos transmite cada descrição e diálogo, mesmo quando a dor está presente.
terça-feira, 3 de setembro de 2024
TristezaS...
segunda-feira, 5 de agosto de 2024
Agosto...
domingo, 28 de julho de 2024
Sinopse
"Em 2004, com a morte da mulher, Iván, um aspirante a escritor, relembra um episódio que lhe aconteceu em 1977, quando conheceu um homem enigmático que passeava pela praia, acompanhado de dois galgos russos. Após vários encontros, «o homem que gostava de cães» começou a confidenciar-lhe relatos singulares sobre o assassino de Trótski, Ramón Mercader, de quem conhecia pormenores muito íntimos. Graças a essas confidências, Iván irá reconstituir a trajetória de Liev Davídovitch Bronstein, mais conhecido por Trótski, e de Ramón Mercader, e de como se tornaram em vítima e verdugo de um dos crimes mais reveladores do século XX. Através de uma escrita poderosa sobre duas testemunhas ambíguas e convincentes, Leonardo Padura traça um retrato histórico das consequências da mentira ideológica e do seu poder destrutivo sobre a utopia mais importante do século XX."
quarta-feira, 17 de julho de 2024
Portas...
segunda-feira, 1 de julho de 2024
domingo, 9 de junho de 2024
Intimidades...Confidências
Ele é o dono e senhor da guerra. Foi ele que a inventou, e tudo o que acontece ou vai acontecer está na cabeça dele. Eliminada essa cabeça, a guerra acaba.
domingo, 7 de abril de 2024
Pertubações...
quinta-feira, 21 de março de 2024
Dia mundial da poesia
Desde que comecei a dansar escrevo dansar com s como a Sophia. Danso sozinha para os gatos.(...) Enquanto danso penso. Penso e giro. De girar e de gerir.(...)
Moro na prisão
terça-feira, 12 de março de 2024
Bibliotecas...
.Somos histórias, e os livros são uma das nossas vozes possíveis (um leitor é, mal abre um livro, um autor: ler é uma maneira de nos escrevermos)"
Livros perdidos nas estantes que se reencontram e a surpresa , perante as nossas anotações
Cartas de kafka a um menina desconhecida, em nome da sua boneca desaparecida...
Personagens de romances que invadem a nossa vida...
"Ler 30 minutos por dia fará viver, em média, mais dois anos."
"Para roubar como deve ser é preciso cultura.", mas a cultura é sempre uma ameaça....
Mulher árabe : " Comecei a ler e libertei-me"
"Um escritor que não tem uma ferida constantemente aberta não é um escritor.", disse Elias Canetti; eu substituo escritor por ser humano...
sexta-feira, 1 de março de 2024
Menina de colégio...
Passaram tantos anos, e ainda torno a ver o seu rosto, um rosto que busquei noutras mulheres, que nunca encontrei. Era muito íntegra. Uma coisa perigosa. […] Nunca demos a mão. e tê-lo-íamos achado ridículo. Viam-se pelos caminhos rapariguinhas de mão dada, a rirem-se, a fazerem de amigas, a fazerem de amantes. em nós, havia uma espécie de fanatismo que impedia qualquer efusão física.
domingo, 25 de fevereiro de 2024
Fragmentos sonoros...
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2024
AmizadeS...
Este livro responde a perguntas que as crianças nos fazem ou que nunca chegaram a sair da suas (e até das nossas) cabeças:
Como é que os nossos amigos ficam nossos amigos? O que nos faz aproximar ou afastar uns dos outros?
Uma história sobre como nascem os amigos e os vários níveis de amizade; como se explica que haja amigos mais próximos, amigos mais distantes, amigos que só estão alguns dias na nossa vida e amigos que estarão durante toda a vida, e que não o adivinhamos. Um texto sobre porque é que a nossa vida é bem melhor com eles do que sem eles. O narrador compara o universo físico (planetas, lua, estrelas) com o universo da amizade e dá pistas sobre como reconhecer os grandes amigos.
O universo é feito de muitos (muitos mesmo, tipo infinitos) planetas, estrelas, galáxias, eu sei lá... (muitos eu sei lás...)
A força que os atrai uns para os outros chama-se gravidade. Se se aproximam muito, chocam uns com os outros; se se afastam muito, separam-se para sempre.
E as pessoas? Qual é a força que as faz aproximar e afastar? Não há nenhuma teoria? Uma Lei da Gravitação Universal das Pessoas? Que leis da Física ou da Química - ou da Música - nos regulam?
domingo, 28 de janeiro de 2024
Narrativa sobre a solidão, a doença dos tempos modernos, e o confronto com o passado com que nos tentamos reconciliar...
segunda-feira, 22 de janeiro de 2024
Luís Vaz de Camões
Camões foi só um dos maiores poetas do Renascimento . Camões foi só um génio do humanismo português...
quinta-feira, 11 de janeiro de 2024
À espera...
segunda-feira, 1 de janeiro de 2024
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
Natal...
1ª - Substituir o mês de dezembro por julho.
2ª - Limpar o calendário, com especial afinco os dias 24 a 26 dezembro.
3ª - Fazer um retiro em dezembro.
4ª - Perder a memória com uma paulada na cabeça.
5ª - Tornar-se budista ou muçulmano.
6ª - Estragar o Natal dos outros.
7ª - Ficar preso no elevador.
8ª - Tornar-se monge.
9ª - Organizar uma série de manifestações contra a guerra.
10ª - Ter um acidente de automóvel.
11ª - Suicidar-se.
(Ainda tínhamos muitas ideias: prisão, LSD, Lua...Desistimos delas. Mas temos uma última:
12ª - Fazer uma lista de propostas para escapar ao Natal.
Nota do Autor: Feliz Natal!
sábado, 16 de dezembro de 2023
"Mais um ano está a findar, e Asle, um velho pintor viúvo e solitário, está parado defronte da sua última tela. Interroga-se se estará pronta, se gosta dela ou se a levará juntamente com as outras treze obras que preparou para a sua próxima exposição em Bjørgvin. É o início de uma longa meditação sobre o seu passado de jovem pintor sem dinheiro, a relação com Ales, a sua falecida mulher, e a conversão tardia ao catolicismo. Porém, existe um outro Asle, tão real quanto aquele, também ele pintor, também ele solitário, mas dependente do álcool. Duas histórias de vida que se cruzam. Luz e sombra. Fé e desespero." Serão duas histórias?
terça-feira, 28 de novembro de 2023
Pessoa revisitado...
Compararei algumas destas figuras, para mostrar, pelo exemplo, em que consistem essas diferenças. O ajudante de guarda-livros Bernardo Soares e o Barão de Teive — são ambas figuras minhamente alheias — escrevem com a mesma substância de estilo, a mesma gramática e o mesmo tipo e forma de propriedade: é que escrevem com o estilo que, bom ou mau, é o meu. Comparo as duas porque são casos de um mesmo fenómeno — a inadaptação à realidade da vida, e, o que é mais, a inadaptação pelos mesmos motivos e razões. Mas, ao passo que o português é igual no Barão de Teive [e] em Bernardo Soares, o estilo difere em que o do fidalgo é intelectual, despido de imagens, um pouco — como direi? — hirto e restrito; e o do burguês é fluido, participando da música e da pintura, pouco arquitectural. O fidalgo pensa claro, escreve claro, e domina as suas emoções, se bem que não os seus sentimentos; o guarda-livros nem emoções nem sentimentos domina, e quando pensa é subsidiariamente a sentir.
Páginas que recomendaria a um amigo escritor : 45,46,47; 50,51, 52.
Para além da curva da estrada
Talvez haja um poço, e talvez um castelo,
E talvez apenas a continuação da estrada.
Não sei nem pergunto.
Enquanto vou na estrada antes da curva
Só olho para a estrada antes da curva,
Porque não posso ver senão a estrada antes da curva.
De nada me serviria estar olhando para outro lado
E para aquilo que não vejo.
Importemo-nos apenas com o lugar onde estamos.
Há beleza bastante em estar aqui e não noutra parte qualquer.
Se há alguém para além da curva da estrada,
Esses que se preocupem com o que há para além da curva da estrada.
Essa é que é a estrada para eles.
Se nós tivermos que chegar lá, quando lá chegarmos saberemos.
Por ora só sabemos que lá não estamos.
Aqui há só a estrada antes da curva, e antes da curva
Há a estrada sem curva nenhuma.
Disse Amiel que uma paisagem é um estado de alma, mas a frase é uma felicidade frouxa de sonhador débil. Desde que a paisagem é paisagem, deixa de ser um estado de alma. Objectivar é criar, e ninguém diz que um poema feito é um estado de estar pensando em fazê-lo. Ver é talvez sonhar, mas se lhe chamamos ver em vez de lhe chamarmos sonhar, é que distinguimos sonhar de ver.(...)
O Tejo ao fundo é um lago azul, e os montes da Outra Banda são de uma Suíça achatada. Sai um navio pequeno - vapor de carga preto - dos lados do Poço do Bispo para a barra que não vejo. Que os Deuses todos me conservem, até à hora em que cesse este meu aspecto de mim, a noção clara e solar da realidade externa, o instinto da minha inimportância, o conforto de ser pequeno e de poder pensar em ser feliz.
O Chiado sabe-me a açorda.
Corro ao fluir do Tejo lá em baixo.
Mas nem ali há universo.
E o tédio persiste como uma mão regando no escuro.
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflecte!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Eh-eh-eh-eh-eh-eh-eh-eh-eh-eh eh-eh-eh!
EH-EH EH-EH-EH EH-EH EH-EH EH-EH-EH!
EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH EH EH-EH!
EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH!
EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH-EH!
Parte-se em mim qualquer coisa. O vermelho anoiteceu.
Senti demais para poder continuar a sentir.
Esgotou-se-me a alma, ficou só um eco dentro de mim.
Decresce sensivelmente a velocidade do volante.
Tiram-me um pouco as mãos dos olhos os meus sonhos.
Dentro de mim há um só vácuo, um deserto, um mar nocturno.
E logo que sinto que, há um mar nocturno dentro de mim,
Sabe dos longes dele, nasce do seu silêncio,
Outra vez, outra vez o vasto grito antiquíssimo.
De repente, como um relâmpago de som, que não faz barulho mas ternura,
Subitamente abrangendo todo o horizonte marítimo
Húmido e sombrio marulho humano nocturno,
Voz de sereia longínqua chorando, chamando,
Vem do fundo do Longe, do fundo do Mar, da alma dos Abismos,
E à tona dele, como algas, bóiam meus sonhos desfeitos...
Ahó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó — yy...
Schooner ahó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó-ó — yy......
O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia, / Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia / Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia,
De longe vejo passar no rio um navio...
Vai Tejo abaixo indiferentemente.
Mas não é indiferentemente por não se importar comigo
E eu não exprimir desolação com isto...
É indiferentemente por não ter sentido nenhum
Exterior ao facto isoladamente navio
De ir rio abaixo sem licença da metafísica...
Rio abaixo até à realidade do mar.
domingo, 26 de novembro de 2023
Normalidades...
Foi a Svetlana que te ofereceu esta merda- diz a minha mãe quando me vê chegar com o livro.
Raulito usa a palavra "anjo" num poema e é acusado de " diversionismo ideológico"...Comove imaginar o sofrimento deste adolescente que não percebe quem é...Eu não tenho futuro , sou uma árvore de raízes na areia...
A mãe quer que Raulito seja Nancy, a tia precocemente, desaparecida; o capitão vê no soldado Raul Iriarte a mulher que ficou em Cuba e morreu...Ele torna-se Cassandra...